domingo, 7 de dezembro de 2008

Acabou.

Acabou o campeonato. Pra que não me chamem de parcial de novo, dessa vez dividirei o post proporcionalmente ao tamanho da torcida de cada clube.

Inter: Parabéns pelo honradíssimo resultado contra o Figueirense, que ilustra a gloriosa campanha de 2008. Aliás, qual foi o resultado mesmo?


Grêmio: Cara, não deu. Não deu pro Grêmio. O São Paulo deu, o Grêmio não. Mesmo com a bela vitória - fruto de uma atuação apática de Tcheco e Souza e formidável de Felipe - o Tricolor não levou a taça. Aliás, nem poderia: aos mais desavisados, vale lembrar que o troféu de Campeão Brasileiro de 2008 já estava no Bezerrão (local em que foi disputado o jogo entre Goiás e São Paulo) antes mesmo do final do jogo. Mas é claro que, assim como a imprensa esportiva, a CBF também é imparcial e só começou a transportar a taça de sua sede, no Rio de Janeiro, para Brasília quando já não havia mais nenhuma possibilidade do resultado mudar. Ou seja, ela só começou o processo de locomoção - que tem um trajeto de milhares e milhares de kilômetros Brasil a dentro - uns 5 minutos antes do final do jogo, terminando ele uns 4 minutos antes do apito do árbitro. Claro, afinal a CBF é totalmente digna e imparcial, tal qual a imprensa esportiva. Ou talvez o São Paulo, um clube realmente bem estruturado e ético, tenha fornecido seus helicópteros que, só por serem de um clube desenvolvido, fazem o trajeto Rio-Brasília em 1 minuto. Deve ter sido isso. Claro que foi isso, afinal, tanto o São Paulo quanto a CBF quanto a imprensa são absolutamente imparciais e éticos.
Mas voltando ao Grêmio. Não deu, cara. Não deu. Foi um grande jogo, daquele tipo que só time grande conhece: começo dúbio, clima tenso, correria, coração no bico da chuteira, ambos os times jogando futebol, um jogador que entra no segundo tempo pra decidir (belo jogo, Felipe). 2 a 0. Lembrou-me do caipira Lee Hendrie, um dos maiores jogadores de futebol (quem entende do assunto sabe quem é) de todos os tempos, que sempre dizia que "Os únicos jogos de futebol dignos de serem assistidos são os que terminam em 2 a 0, ou os que a torcida apóia mesmo quando o objetivo não foi atingido". Grêmio e Atlético-MG foi os dois ao mesmo tempo: 2 a 0, sem título, e a torcida - apaixonada - aplaudindo a equipe, reconhecendo a boa campanha... demonstrando que ama o clube, não o ouro que o clube por ventura ganha. As únicas torcidas capazes disso no Brasil são a do Grêmio e a do Corinthians. Não por coincidência, os dois times cujo mascote é um mosqueteiro, personagem sempre lembrado por sua fidelidade e honra. Algo que está acima da compreensão da nossa imprensa vermel... ops, digo "imparcial".
Mas valeu Grêmio. Parabéns sinceros! Fizeste tua parte, Imortal. Ganhaste teu jogo, teria sido campeão se não dependesses do jogo em Brasília. Ah, se não dependesses do jogo em Brasília... ah, se não dependesses de um jogo apitado por um juiz da segunda divisão da Bahia (escolhido em cima da hora, ainda)... ah, se não dependesses do jogo no qual, mesmo antes de ter acabado, já havia chegado a taça mais veloz do continente... ah, se não dependesses de um jogo ganho com um gol impedido, no rebote de uma falta inexistente... ah, se não dependesses do jogo no qual o Goiás teve furtado, seqüestrado, vilipendiado, surrupiado, o direito de jogar em sua cidade... ah, se não dependesses de um dos dois jogos nesse campeonato que o Goiás teve que jogar FORA DE CASA contra o São Paulo... ah, se não dependesses de um jogo tão imparcial quanto esse.
Enfim... parabéns Grêmio! Vencestes tudo o que é possível vencer, só não vencestes a imparcialidade dos que mandam no futebol desse país. Só não vencestes a digna CBF. Só não vencestes o campeão... aliás, até o campeão tu vencestes, Imortal Tricolor! E vencestes duas vezes! Em campo, fostes o melhor. Nos bastidores, esse estranho e obscuro reino da imparcialidade, perdestes. Perdestes, e ainda vai perder mais nos próximos dias. Quer dizer, não vais perder, mas vais ver teus rivais, malandros, chegando sorrateiramente no mesmo lugar que tu. Mas isso já é história pra outros textos, que serão escritos por pessoas realmente imparciais. Porque este que agora escreve jamais voltará a escrever, falar ou sequer acompanhar a piada que é o futebol brasileiro, dos senhores Ricardo Teixeira, Milton Neves e Pedro Ernesto Denardin, as pessoas mais dignas e imparciais desse mundo.
Fica aqui uma homenagem a ti, Grêmio, eterno Imortal, único representante legítimo do nosso estado, dentre os dois que disputarão a Libertadores 2009. Uma homenagem com a música do maior dos músicos - também ele gremista:

2 comentários:

Nathália Bittencurt disse...

Bah, meu. só d ver tua proposta nas primeiras linhas ja me broxou a leitura. Li o q flw sobre o Inter, tentei ler sobre o grêmio. Exige-se mta paciencia, visto q meio q já sei o q tu vai falar, e, como confio em ti como produtor, ñ lerei até o final.
Boa sorte com as provas do col.

Unknown disse...

Cara, o que te dizer?

Quase-bom o texto, concordo. Mas a repetição, a babação de ovo foram demais.
Sem falar que desde uma choradinha, também. Hum, não poderia esperar mais, mesmo.
Não sei porque, mas falando conforme meu círculo de amigos, todos eles (exceto um, que odeia futebol) 'choram' e reclamam de alguma coisa, envolvendo o Grêmio. Para mim, não foi o SP que ganhou. Foi o Grêmio que perdeu. Perdeu a umas rodadas...

Mas enfim, devido a babação excessiva, não foi uma leitura agradável.

E quanto ao Inter, provocações à parte, é verdade.
Mas não precisava. Não, mesmo. Te puxou e achei, até, infeliz o comentário ;).

Grande beijo.